quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Poeta José Duro


Poeta José Duro Tio Avô de Nuno Duro em segundo grau. Poeta português, natural de Portalegre. Frequentou a Escola Politécnica de Lisboa, cidade onde, em tertúlias de café, veio a desenvolver o seu interesse pela literatura, nacional e estrangeira, sofrendo forte influência de Baudelaire e de António Nobre. De temperamento melancólico e pessimista, que se reflecte em Fel (1898), ficou conhecido pela veemência da dor, o sentimentalismo e o ambiente macabro e tétrico dos seus poemas. A valorização da sua poesia foi desigual, enaltecendo-o alguns e sendo alvo de troça por parte de outros. Morreu vítima de tuberculose. Para além de Fel, escreveu, em 1896, Flores. Em 1985, António Ventura havia organizado a edição de Páginas Desconhecidas, com obras de José Duro.




No Catálogo das edições, obras de fundo, teatro, e livros antigos, dos quais alguns muito raros, incunábulos, forais, manuscritos, etc. 1.ª parte. Livraria Ferreira, prefaciado pelo Dr. Sousa Viterbo e Cândido de Figueiredo, e que é hoje muito raro, vem a pág. 23-24 o seguinte: No prelo. José Duro. O Livro de Jôro. «Fel foi o título dum livro atirado à publicidade em começo de 1898 pela mão já descarnada e livorizada dum tísico que, dias depois, repousou a valer do largo tormento da tosse. Fel… e havia muito naquelas noventas páginas; não tanto quanto devera haver…». Diz ainda Albino Forjaz de Sampaio, no prefácio do “Fel”, «José Duro é tão grande como António Nobre e Cesário Verde. Menos artista? Talvez. Mas com certeza mais humano. A sua Dor não posa, não artificia. É por isso. Por haver sempre almas que o compreendam intensamente, que o seu livro resistirá, mau grado a indiferença da sua geração à carcoma do tempo. A Cesário Verde e António Nobre já a fama teceu a sua fama de amaranto. A José Duro não. Os seus versos estão por ler. José Duro esqueceu…».











Passados mais de 100 anos após a morte precoce de josé Duro , o poeta natural de Portalegre

perdura na memória de muitos, ou talvez de poucos na qual é relembrado, através de dois livros

intitulados "fel" e "Flores" onde mostra o seu lado melancólico, onde a dor era sentida por ele e pela poesia, dor essa que transcrevia para o papel, onde a alegoria, ficou recordada por uma confissão nas ultimas Faias de "fel" - "O poeta nunca morre embora seja agreste".


comentário descrito por


Nuno Duro (Sobrinho neto do Poeta José Duro)












3 comentários:

JOÃO SILVA disse...

Caro Sr.
Estando a efectuar a transcrição em letra de forma o manuscrito do ensaio "Do Valor da Palavra" (Ilídio Sardoeira), datado de 1961-1963, José Duro é mencionado (pág.88), a par de António Nobre e Teixeira de Pascoaes.
Cumprimentos
João José Sardoeira Pereira da Silva
Amarante, 19 de Maio de 2009

Unknown disse...

O duro da vida é viver
José Paulo Alves Duro

Viviana disse...

Olá, Nuno

Não sei se algum dia lerá este comentário, mas apesar disso quero deixà-lo aqui.

Posso dizer que aqui em casa, onde mais temos investido é em livros. Há dias procurando na Biblioteca livros com interese para postes no meu blogue, passou-me pelas mãos(já o li muitas vezes) o Livro - Flores de José duro.
Hoje, acabei de o ler, em lágrimas...de uma ponta a outra.
Editado pela Livraria Editora em 1931.

Achei-o lindíssimo!
Uma preciosidade.
Vim á net pesquisar sobre o autor e, entre outras coisas, encontrei este seu blogue.
Que bom, que faz questão de não deixar cair no esquecimento o seu Tio - avô... e a sua obra.
Obrigada por isso e PARABÉNS.

Um abraço
viviana